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Somos todos miseráveis, somos sim



Somos todos miseráveis, somos sim, é uma publicação que propõem repensarmos em nossas atitudes e valores. São eles que alicerçam nossa família, nossa comunidade, nosso país.

Estamos prostituídos. Essa semana vários fatos fizeram com que eu pensasse o quanto somos responsáveis e miseráveis por tudo que ocorre a nossa volta. É uma sucessão de situações absurdas, os valores básicos são deixados de lado.

Rapidamente irei sinalizar três cenários gritantes, talvez você também tenha visto ou tido acesso. E aí, te pergunto? O que você fez com esta informação?

Primeira delas, experiência louca, de confusão de sentimentos, como um vídeo de um Educador Físico - maus tratos a uma criança com paralisia cerebral. Doeu muito, até mesmo porque parecia muito com o meu filho. Mas, fiz o que pude, e descobrimos que este ser miserável é de Goiânia, e já estão sendo feitas buscas para que o mesmo seja punido. 

A outra, depois de um acidente com caminhão, o motorista fica preso entre as ferragens ainda em vida, várias pessoas aproximam-se para saquear a carga, e não para ajudar a triá-lo do caminhão. 

E a última, um fotógrafo ao posicionar-se para tirar uma foto de uma criança, a mesma levanta os braços como "mãos ao alto", pois pensava ser uma arma contra ela. 

Quantas e quantas situações a mais nos deparamos, e nada fazemos, estamos tão anestesiados a ponto de não nos comovermos, ou não nos mobilizarmos a fim de procurar alternativas para a solução do cenário. Eterna alienação.

Atenção, não digo que temos que por si só resolver a situação, mas que podemos sim, fazer algo ou recorrer a contatos que farão algo.  

Nestas situações acima, não é possível que todos nós consigamos simplesmente deitar e dormir, sem pensar ou remoer sobre o que foi visualizado.

Entendo que estamos banalizando muito conteúdo a nossa volta, e isso é sinal de ausência de saúde.

A miséria que me refiro é aquela que somos incapazes de fazer algo em prol de algo que não seja para nosso próprio benefício, a miséria de fazer de conta que está tudo bem, sem estar, é ainda percebermos que o outro precisa de ajuda, e insistimos no mesmo caminho, ou melhor no caminho oposto, o nosso apenas.

Até quando os gritos serão calados? Até quando insistiremos em deixar o mal prevalecer? Até quando banalizaremos a nossa força? Somos tão maiores que tudo isso. Tão incríveis quando queremos, temos o livre arbítrio para fazer ou propor algo maior, diferente e para o bem de todos.

Segundo o nosso governo, temos " apenas " 22 milhões de miseráveis, e eu digo, temos uma nação inteira, quando fazemos de conta que não é conosco, ou pelo simples fato de não ser por alguém de nossa família ou que esteja próximo de nós, está tudo bem! E não, não está.

A miséria está em cada cidadão que se isenta e se omite da realidade que está ai para todos, e não simplesmente naqueles que não tem o que comer, onde dormir, ou ter suas necessidades básicas atendidas.

Tolo demais pensarmos que não somos miseráveis. 


 




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