Hoje quero abrir o meu coração para vocês, principalmente para aqueles que já possuem filhos. Sabe filhos queridos que representam o nosso fôlego, brilho, sorriso fácil e fazem tudo fazer sentido? Pois é, eu me empolguei, e tive três filhos, presenteada por filhos homens, João Guilherme - companheiro e determinado - que amanhã fará 14 anos, Arthur Francisco - personalidade forte e decidido - que perto do Natal completou 07 anos, e Pedro Lucas - guerreiro e carinhoso - que ao final de novembro fez 3 anos.
Como estão crescendo rápido, todos fortes, saudáveis e gigantes. Me vejo em cada um deles, em seus olhares, risos, brincadeiras, nas artes que aprontam e nas relações que estabelecem com todos a sua volta.
Independentes e decididos desde muito pequenos, reflexo direto do fato dos pais trabalharem fora, e terem muitas vezes que frequentarem escola ainda muito cedo, e se defenderem sozinho digamos da vida.
Tem um livro que eu gosto muito e viro e mexe eu releio seu conteúdo, Criando Meninos por Steve Bioddulph, Editora Fundamento, e fala um pouco do porque os meninos são diferentes das meninas, o que o pai e a mãe podem fazer a respeito, e como torná-los homens equilibrados e felizes. Tudo isso para dizer, que dentre um turbilhão de variáveis presentes neste mundo, a missão de educar estes meninos é desafiante.
" Em poucas palavras: 1. Entre o nascimento e os seis anos, os meninos precisam de muito afeto, para que possam "aprender a amar". Falar e ouvir, ensinar e aprender num relacionamento interpessoal contribui para a conexão com mundo. A mãe é a melhor pessoa para fazer isso, embora o pai possa assumir sua parte; 2.Por volta dos seis anos, o menino começa a demonstrar um forte interesse pela masculinidade, e o pai se torna a figura principal. O interesse e o tempo que o pai dedica ao filho assumem importância primordial. No entanto, o papel da mãe ainda é importante, e ela não deve deixar o filho de lado só porque ele está crescendo; 3. A partir dos catorze anos, mais ou menos, o garoto precisa de mentores - outros adultos que cuidem dele pessoalmente e o ajudem a penetrar aos poucos num mundo maior (...); As mães que criam filhos sozinhas podem cumprir bem sua tarefa, mas devem procurar modelos masculinos bons e seguros, não esquecendo de reservar um tempo para si mesmas, já que trabalham por dois."O tempo passa e o tempo voa. E tenho sentido cada vez mais forte que a cada ano que acaba, percebo a independência deles ampliada, e às vezes confesso me assusto, e fico um pouco desconfortável com a situação. Já não tenho o poder e a preferência de outrora. Por mais que saiba que não criamos filhos para nós e sim para o mundo, há um pouco de dor neste processo. Atenção, algo normal e esperado.
Mas, falar a respeito já ajuda e torna o cenário mais leve, pois passo a elaborar melhor. No domingo dois filhos meus viajarão com a avó, encararão por 15 dias a permanência em um outro estado, sem a presença dos pais, risos... Da mãe, e me sinalizam isso com tamanha tranquilidade, sem receios e vacilos.
O importante é darmos os limites necessários, estarmos presentes com qualidade de tempo e buscarmos dia a dia a sermos o melhor exemplo para eles. Tarefa dura esta, sempre trabalhei muito, e me cobrei muito em ser uma mãe suficientemente boa para meus pequenos. Por vezes falhei, errei, espero estar certa em permitir que tenham oportunidades de diversão, entretenimento longe de minhas asas. Não posso privá-los de viverem a vida da melhor forma possível, vamos dar vez a razão.
O coração fica pequeno e mais contido, mas a saudade fortalecerá ainda mais a nossa relação, bem é assim que devo pensar. Não serei eterna, porém quero ser muito necessária ainda, que meus beijos, abraços, afagos, conselhos ainda sejam uma boa opção para eles.
Então é isso, que a vida nos ensine a abrir mão do que durante um bom tempo foi e sempre será o nosso melhor: nossos filhos. Afinal não importa o que venha acontecer com o nosso casamento; nunca deveremos nos divorciar de nossos filhos; com o nosso trabalho; com a nossa vida de um modo em geral... Sempre será de vital importância participar da vida dos filhos, é isso aí!
E que venha dia 19 de janeiro de 2015!
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