É curioso demais o tanto que escutamos para nós nos cuidarmos, tendo em vista que temos filhos que dependem tanto de nós. Aqui me refiro a filhos com deficiência, é claro, que todos os demais de desenvolvimento típico, também necessitam. Mas, com certa idade já conseguem desempenhar atividades como de cuidados diários, o que o tornam mais independentes a medida que crescem.
Muitas vezes não é assim que ocorre com os nossos filhos com deficiência, por hora existem casos até que com o passar do tempo, tornam-se mais dependentes de acordo com a deficiência e complicações que podem vir a surgir no meio do caminho.
O fato é que eles exigem muito mais das mães. E a carga de trabalho referente a esta rotina rica de controles, cuidados, medicamentos, reabilitações, não é nada muito leve.
Então, cabe a nós que temos discernimento desta complexidade, promover momentos de qualidade para as mães, que tanto cuidam. E para exercer este cuidar precisam estar plenas da convicção de que oferecem o seu melhor.
Contudo, o que vemos na maior parte do tempo, são mulheres cansadas, ou melhor exaustas, com olheiras enormes, posturas tensas, em algumas situações desleixadas, não por que não tem vaidade, e sim pela simples razão que muitas das vezes não lhe sobra tempo para nada literalmente.
E a vida continua, as obrigações em casa, da escola, muitas vezes do trabalho e assim vai, continuam, você tendo ou não um filho com deficiência.
Acreditando então, que é possível sim ter uma vida com melhor qualidade, e não restrita apenas a aulas de crochê, tricô e culinária. Diga-se de passagem bem bacanas, mas insuficientes para esta mulher, mãe dar conta de todas as demandas.
Surge então, a proposta de desenvolver um grupo de terapia de apoio para mães com filhos com deficiência, em uma proposta diferente e inovadora. Aqui ressalto que quero mostrar que é possível sim ter vida além da deficiência do seu filho, não esquecendo-se de si mesma.
É um trabalho de formiguinha mesmo, resgate de pequenos prazeres, de momentos só seus. É redescobrir o gosto de uma vida mais leve e elaborada apesar de tantos desafios que se impõem.
Se você é uma mãe de um filho com deficiência, se permita. Agora, se você conhece alguém que precisa deste encontro consigo mesmo, faça a sua parte, informe sobre esta proposta do Grupo.
Espero te encontrar em breve, anota aí, dia 04 de setembro de 2017 às 14h30, você tem um horário marcado comigo, falta apenas confirmar sua presença.
É isso aí!
Gisele de Luna, Psicóloga CRP 06/52233-8, Mãe do Pedro Lucas (Paralisia Cerebral), Arthur Francisco e João Guilherme.
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