Curiosamente a partir do momento da leitura do texto Mendigo Social (Angela W Lima), um pensamento insistente aconteceu e automaticamente vieram algumas situações e fatos ocorridos de maneira recente.
O pensar requer esforço, o querer também, o realizar então nem se fala, o cumprir com o combinado não tem preço. Então, é mais fácil mesmo apontar o não feito dos outros do que o seu próprio. O outro erra, eu não. Ele tem oportunidade (sorte) e, eu não. O acordado não é feito, e simplesmente tudo bem. Fica esquecida que toda ação gera uma reação, que o preparo impulsiona a oportunidade. E que muitas vezes o dito fica pelo não dito. E alguém certamente irá pagar essa conta.
A vida é feita de ciclos, um frenético vai e vem, aquelas pessoas esquecem-se disso, mas irão lembrar-se quando se depararem com outras aquelas pessoas, e certamente irão se sentir injustiçadas, memória breve, talvez nem perceberão que já fizeram repetidas vezes o mesmo.
Foi-se o tempo em que a noção da tênue diferença entre certo e errado, bom e ruim, bem e mal pareciam estar estampados em toda a parte. Hoje é comum, justificar-se e não realizar, e não o contrário. São criadas tempestades, enquanto com um mero copo d´água poderíamos servir, resolver, economizar. Ora simplificar para quê? Se o complicado dá ibope, e agrada mais falar ou expor os infortúnios.
Aquelas pessoas, algumas lendo inclusive este emaranhado de palavras, vestirão a carapuça, recolherão seus pensamentos e talvez ao deitarem-se no travesseiro sintam a pressão psicológica do não realizar, ou do infernizar os outros, trazendo como conseqüência de seus atos.
Ainda há de se acreditar na lei do retorno, ou se deseja o bem, o bem virá ao seu encontro. Talvez seja otimista demais, mas praticar o correto, o bem, valorizar o que é bom nunca deverá sair de moda. Importante é dar o primeiro passo, a leveza do ser pressupõe um mundo de censuras com a intenção de preservação da espécie. Resume-se, não faça para o outro o que não quer para si próprio. Autenticidade e coerência têm que estar presentes em qualquer papel da vida de qualquer pessoa, seja ela aquela ou não.
Cada um deve brilhar pelo seu próprio mérito e louvor, alguns irão se satisfazer com a luminosidade de uma constelação, outros simplesmente com o brilho de um trabalho bem feito. A esperteza tenderá a ter vida curta, se cada um concentrar-se no que realmente importa, ser feliz e do bem será regra geral.
Senhores, senhoras não há de se estar neste mundo a toa, perpetue sua espécime estando a frente, propondo soluções, sendo ético, parceiro, fraterno. Caberia sabiamente o papel de facilitadores, propulsores de sonhos, ou simplesmente pessoas do bem.
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