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Novela da Vida Real: Inclusão Escolar




Que fique muito claro, se o processo de inclusão não fosse desafiante, não precisaríamos falar tanto a respeito. Se faz necessário, pensar fora da caixa, falar muito sobre,  estudar além dos livros, perguntar mais ainda e sentir verdadeiramente o processo de inclusão.

Veja, não há como falar que uma escola é inclusiva, ou um ensino é inclusivo, se não há a real crença de que é possível incluir, ou de estar aberto aos ajustes e investimentos necessários para tal.

Um dia me falaram que para que meu filho recebesse um atendimento multidisciplinar, eu teria que me ajustar as regras da entidade. Mas, será que sou eu apenas que tenho que me ajustar as regras? Será que cada caso não tem que ser visto como único e portanto requer tratativas específicas? E se as regras que imperam estiverem aquém das reais necessidades do meu filho?

São tantas perguntas, e essas e outras tantas fazem parte do dia a dia de mães e pais de crianças com deficiência.

Já fui chamada de barraqueira, por requerer os direitos do meu filho, na época me senti ofendida. Mas, quer saber, hoje em dia não me importo mais, se quiserem me denominar de barraqueira fiquem a vontade.

Eu só quero é ser feliz com o meu filho, acreditando em suas potencialidades, e não olhando para ele como a deficiência em carne e osso. É doloroso sabermos que nosso filho pode ir além, e nos depararmos com tanta falta de sensibilidade, e um excesso de burocracia, pelo simples fato da entidade de ensino ter que se ajustar para inclui-lo adequadamente.

Não vou me calar, vamos para o próximo capítulo desta novela da vida real.


Obrigada, até breve!


Gisele de Luna



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