O setor de eventos de um modo em geral foi muito sacrificado, ou melhor continua sendo. Fomos os primeiros profissionais a terem suas atividades interrompidas drasticamente, e a passos de tartaruga conseguimos retomar algumas delas, contudo com muita restrição.
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| Fotografia de Hiroyto Azevedo |
Acolhimento, diálogo, a busca contínua para conciliar agendas, desmarcar, marcar e remarcar as datas dos eventos tem sido uma rotina exaustiva e cheia de ajustes. Tudo é revisto o tempo todo, até a nossa capacidade de resiliência. Afinal, não estamos falando muitas vezes de uma remarcação única, e sim, de casamentos, festas de aniversários dentre outros, reagendados pela quarta vez.
Dentre reequilíbrio financeiro, negociação junto aos noivos, pais e fornecedores, a certeza de que é preciso manter-se firme em seus propósitos independente do cenário que se apresenta por vezes desolador. Mudamos a perspectiva do evento, a quantidade de convidados, o lugar, e tantas outros aspectos, porém a esperança por dias melhores jamais!
É fato também que identificamos no meio deste caminho profissionais que não cumprem os protocolos mínimos exigidos, e acabam por serem cúmplices de eventos clandestinos, e porque não dizer irresponsáveis.
O negacionismo é inconsequente. As consequências inevitáveis, quem quer carregar nas costas a culpa por uma contaminação durante a realização de um evento que não deveria ter ocorrido?
Devemos nos perguntar continuamente isso. Nada paga a tranquilidade de colocar sua cabeça sobre o travesseiro, e realmente dormir. É certo também que não tem sido nada fácil a reinvenção diária, ter que prover recursos, sem conseguir trabalhar como efetivamente se trabalhava antes da pandemia.
O olhar para si, para o outro, para os processos de trabalho, como também reavaliar o seu nicho de negócio foi verdadeiramente possível neste período. Quantos profissionais se qualificaram, buscaram outras alternativas, e com muita determinação seguiram suas vidas. Para muitos o sacrifício foi gigantesco, para outros nem tanto.
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| Fotografia de Hiroyto Azevedo |
Queria por demais contribuir dizendo que somos muito mais fortes do que pensamos, e que sim capazes de lidar com este cenário, nos apoiando e respeitando as regras e os protocolos estabelecidos.
Precisamos manter o foco no que realmente importa, as vidas que precisam e serão celebradas!
Pensar que estamos em um estágio obrigatório para conclusão de mais uma especialização na arte de viver e comemorar os detalhes da maneira que é possível no momento. E não é por não ser do modo como havíamos idealizado, que deixaremos de sonhar e realizar... É isso aí.
Créditos:
Cerimonialista: Gisele de Luna e equipe
Noiva: Bianca Silva
Local: Moara Buffet e Eventos
Buquê: Valdirene Caetano
Máscara inclusiva: Ateliê Eliete Castro
Fotografias: Hiroyto Azevedo
Gisele de Luna, Psicóloga, Cerimonialista, Recreadora Educativa, Mãe típica e atípica. Especialista em Educação Especial com ênfase em Deficiência Física, Intelectual e Psicomotora. Empresária, acredita que "Em um mundo plural tornar um evento único é o seu desafio."
Exemplo de profissional , competente em tudo que faz.
ResponderExcluirGratidão Bianca, o seu carinho me enche de alegria, e fazer parte de sua história foi demais!
ExcluirEstamos vendo algumas situações e vivendo momentos até longos que são totalmente atípicos para todos e de fato muitos se beneficiaram ao se reinventar e outros não tiveram essa mesma oportunidade por questões de falência total e até mesmo óbitos, mas o que não pode falir ou morrer jamais é a nossa vontade de seguir em frente nos adaptando e reinventado em nossas modalidades de trabalho, de lutar por dias melhores e por um país melhor. Toda crise sempre gera oportunidades, e é nessas oportunidades que muitas vezes estão a grande chance de desenvolvimento e destaque profissional e porque não dizer, oportunidade também de estender as mãos para o outro. Que Deus nos abençoe e nos oriente.
ResponderExcluirOlá Hiroyto, compartilho de suas ideias. Vejo que este período está sendo rico de possibilidades, mas também de muita provação sem sombra de dúvidas. Infelizmente a falta de união ou a não validação de profissionais da mesma área também é significativa, o que é lamentável. Seguimos! Muito obrigada por sua contribuição e parceria.
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